domingo, 27 de maio de 2007

Amaralina que nunca foi Cloé.

A vontade era de enxotá-lo rua à fora.
Definitivamente Amaralina não era Cloé.
Assim como tenho certeza de que Eva não era a costela de Adão.
Em um dia cinzento de chuva e trovões, Amaralina sorriu apressada, num golpe terno de amor caiu aos pés de João.
No apartamento frio, encontrava-se Cloé e suas veias pulsando de ódio.
-“Todo canalha é magro!” (já dizia Nelson Rodrigues), gritava a estridente Cloé.
Cloé que não era bela, nem seu hálito cheirava a flores, por ordem do destino entregou sua solidão nas mãos de joão.
João ama Amaralina e dorme com Cloé.
- Teu corpo ofegante, tomado pelo calor sujo daquela vadia! Aquela vaca! –balbuciava Cloé.
A razão de tanto espetáculo é que, certo dia, João, meio a uma febre pecaminosa dos corações adúlteros, passou a dormir com Amaralina e a adorar Cloé.
- Dois anos é mesmo o suficiente. Não o amo mais, ao menos não desejo amá-lo. Lamuriava Cloé. Então, partiu-se.
De todo modo, João percebeu que Amaralina e seu hálito de lírios é quem ficara. Agora que também se deitava com a mulher, pensava (sem muito rancor) : Definitivamente, Amaralina não era Cloé.
por Tainá Falcão

Um comentário:

Minduim disse...

Wow... ahm... o interessante é a busca, LOUCA e frenética pela: insatisfação!!!


P.S.:Deixa eu aproveitar pra perguntar. Você escreve contos!? A narração e a trama são beeeeemmmm envolventes pq é tudo o que vivemos hoje! =D~
Digo isso pq eu tb, adoro contos!

=*